Em Os Lusíadas, é evidente o poder do Homem sobre os Deuses, na conquista territorial e nos Descobrimentos. O Homem, mais concretamente, o povo português, conseguiu dominar o mar, ou seja, as forças de Neptuno, Deus do Mar.
O teocentrismo da Idade Média deu lugar ao antropocentrismo em que se conhece o Homem como Sujeito e Objeto de saber.
No Renascimento há ainda uma busca de novas regras. Aparece um súbito gosto pela novidade e pela descoberta do Mundo pelo Homem, conceito mais uma vez associado aos Descobrimentos.
O próprio Homem ganha um novo desejo de se conhecer melhor a si próprio e sem esquecer Deus, centra as suas atenções em si mesmo, o que é evidente n’ Os Lusíadas.
Poderíamos, assim, relembrar que «Passar o cabo das tormentas é desmistificar as partes desconhecidas do mundo», frase célebre da autora Yara Frateschi, autora que considera a existência de dois Adamastores: o primeiro - guardião dos mares e profeta de desgraças,e o segundo - é uma vitima de um amor infeliz. O Adamastor é o fantasma petrificado dos terrores coletivos e individuais que é preciso ultrapassar, não só para chegar à Índia, mas também à Ilha dos Amores.
Neste episódio há drama e lirismo. O Adamastor não é um Deus, mas um gigante da Terra, é a representação do medo dos navegadores, uma alucinação subjetiva. O Adamastor apenas fala, é uma voz trazida pelo medo. Não age como fazem os Deuses do Olimpo, tem apenas uma existência fantástica e ilusória. O Gama representa a vontade de conhecer, que Adamastor nega (profecias que são feitas por alguém que também já foi castigado). Ao relatar a história dos Sepúlvedas, sublinha-se que a ousadia se paga com a privação e a penalização afetiva.
Este episódio funciona com uma espécie de abóboda arquitetónica do poema, em que vêm concentrar-se as grandes linhas da epopeia - real/maravilhoso: dificuldades de passar o Cabo; existência de profecias: História de Portugal; Lirismo: história de amor; e é, também, um episódio trágico, de amor e de morte. Mas é, acima de tudo, um episódio épico, em que se consolida a vitória do Homem sobre os elementos.
Lê aqui uma análise do episódio.
O teocentrismo da Idade Média deu lugar ao antropocentrismo em que se conhece o Homem como Sujeito e Objeto de saber.
No Renascimento há ainda uma busca de novas regras. Aparece um súbito gosto pela novidade e pela descoberta do Mundo pelo Homem, conceito mais uma vez associado aos Descobrimentos.
O próprio Homem ganha um novo desejo de se conhecer melhor a si próprio e sem esquecer Deus, centra as suas atenções em si mesmo, o que é evidente n’ Os Lusíadas.
Poderíamos, assim, relembrar que «Passar o cabo das tormentas é desmistificar as partes desconhecidas do mundo», frase célebre da autora Yara Frateschi, autora que considera a existência de dois Adamastores: o primeiro - guardião dos mares e profeta de desgraças,e o segundo - é uma vitima de um amor infeliz. O Adamastor é o fantasma petrificado dos terrores coletivos e individuais que é preciso ultrapassar, não só para chegar à Índia, mas também à Ilha dos Amores.
Neste episódio há drama e lirismo. O Adamastor não é um Deus, mas um gigante da Terra, é a representação do medo dos navegadores, uma alucinação subjetiva. O Adamastor apenas fala, é uma voz trazida pelo medo. Não age como fazem os Deuses do Olimpo, tem apenas uma existência fantástica e ilusória. O Gama representa a vontade de conhecer, que Adamastor nega (profecias que são feitas por alguém que também já foi castigado). Ao relatar a história dos Sepúlvedas, sublinha-se que a ousadia se paga com a privação e a penalização afetiva.
Este episódio funciona com uma espécie de abóboda arquitetónica do poema, em que vêm concentrar-se as grandes linhas da epopeia - real/maravilhoso: dificuldades de passar o Cabo; existência de profecias: História de Portugal; Lirismo: história de amor; e é, também, um episódio trágico, de amor e de morte. Mas é, acima de tudo, um episódio épico, em que se consolida a vitória do Homem sobre os elementos.
Lê aqui uma análise do episódio.
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